terça-feira, 7 de novembro de 2023

Transtorno do pânico


 O transtorno do pânico (TP) é caracterizado por crises de ansiedade repentina e intensa com forte sensação de medo ou mal-estar, acompanhadas de sintomas físicos. As crises podem ocorrer em qualquer lugar, contexto ou momento, durando em média de 15 a 30 minutos.

Os ataques de pânico acarretam intenso sofrimento psíquico com modificações importantes de comportamento devido ao medo da ocorrência de novos ataques. Isso faz com que os pacientes procurem as emergências médicas em busca de causas orgânicas que expliquem seus sintomas.

Como ocorre:

A região central do cérebro é responsável pelo controle das emoções e da liberação de adrenalina – hormônio que faz com que o organismo se prepare para fugir ou lutar diante de um perigo. No transtorno do pânico, esse “alarme” cerebral dispara sem que haja um perigo real, provocando a sensação de medo e mal-estar intenso.

Sintomas:

– aceleração dos batimentos cardíacos e da respiração;
– falta de ar;
– pressão ou dor no peito;
– palidez;
– suor frio;
– tontura;
– náusea;
– pernas bambas;
– formigamento;
– tremores;
– calafrios ou ondas de calor;
– sensação de estar “fora do corpo”;
– medo de morrer ou de “perder o controle”;
– desmaio ou vômito no pico da crise.

Causas:

O transtorno do pânico pode ter como origem situações extremas de estresse, como crises financeiras, brigas, separações ou mortes na família, experiências traumáticas na infância ou depois de assaltos e sequestros. Pessoas cujos pais têm transtornos de ansiedade são mais suscetíveis de desenvolver TP.

Tratamento:

O tratamento combina medicamentos antidepressivos e ansiolíticos com psicoterapia e deve ser conduzido por médico psiquiatra; sua duração vai depender da intensidade da doença, podendo variar de meses a anos, sendo que se trata de um problema que pode ser controlado, mas para o qual não existe a cura completa. A psicoterapia objetiva auxiliar o paciente no resgate da autoconfiança necessária ao domínio das crises, através da consciência de si próprio.

Recomendações/observações:

– o diagnóstico do transtorno do pânico pode demorar a ocorrer, pois alguns dos sintomas físicos da doença podem ser confundidos com os sinais característicos do infarto;
– procure distinguir a ansiedade normal do transtorno de ansiedade. A primeira, é essencial para enfrentar os perigos reais que põem a sobrevivência em risco. Vencido o desafio, o sentimento é de alívio. Já a ansiedade patológica é uma reação desproporcional ao estímulo que a desencadeia, causa sofrimento, altera o comportamento e compromete o desempenho até mesmo das atividades rotineiras das pessoas;
– pratique exercícios físicos. Eles provocam algumas sensações semelhantes às da síndrome do pânico, como taquicardia e sudorese, porém, num contexto agradável, que ajuda a identificá-las melhor;
– não se automedique nem recorra ao consumo de álcool ou de outras drogas para aliviar os sintomas do pânico. Agindo assim, em vez de resolver um problema, você estará criando outros;
– procure assistência médica. O transtorno do pânico é uma doença como tantas outras e quanto antes for feito o diagnóstico, melhor será a resposta ao tratamento.

IMPORTANTE: Somente médicos e cirurgiões-dentistas devidamente habilitados podem diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. As informações disponíveis em Dicas em Saúde possuem apenas caráter educativo.

segunda-feira, 6 de novembro de 2023

Qual a diferença entre ansiedade e síndrome do pânico?

O Brasil tem a maior taxa de pessoas com transtornos de ansiedade do mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 9,3% dos brasileiros sofrem de algum transtorno de ansiedade. Apesar desse número alarmante, os brasileiros sabem pouco sobre essas doenças e sobre a diferença entre ansiedade e síndrome do pânico. Continue a leitura para saber qual é.

O que é ansiedade e o que é síndrome do pânico

A ansiedade é um sentimento comum ao ser humano. Desde a infância nos sentimos ansiosos com acontecimentos que estão por vir: uma festa de aniversário muito aguardada, uma prova difícil e até mesmo uma viagem podem causar grande expectativa, um sentimento normal e até necessário para nossa evolução.

O problema é que, em alguns casos, essa ansiedade se torna muito acentuada e causa sintomas físicos desagradáveis como falta de ar, palpitações, enjoos e tonturas. Todos esses sintomas caracterizam uma crise de ansiedade. Ela atrapalha as relações sociais, as atividades profissionais e pode comprometer até mesmo relacionamentos.
Imagine, então, se os sintomas de uma crise de ansiedade forem potencializados. É o que acontece na síndrome do pânico. Uma grande diferença entre ansiedade e síndrome do pânico é que a síndrome do pânico é um tipo de transtorno em que a pessoa sofre com períodos de intensa ansiedade, os chamados ataques de pânico, acompanhados de sintomas como:

  • Perda do foco visual;

  • Dificuldade de respirar;

  • Sensação de irrealidade;

  • Suor frio;

  • Boca seca;

  • Pensamentos catastróficos;

  • Medo da morte iminente.

Como identificar a diferença entre ansiedade e síndrome do pânico?

A diferença entre ansiedade e síndrome do pânico está na intensidade dos sintomas e na imprevisibilidade de sua ocorrência. Enquanto a ansiedade tem causas mais lógicas e concretas, como um desafio a ser enfrentado ou uma situação delicada que está para ocorrer, a crise de pânico não tem hora nem motivo para começar. Cerca de 70% dos casos da síndrome acontecem entrem mulheres, principalmente jovens na faixa dos 15 aos 25 anos.

A boa notícia é que a síndrome do pânico tem tratamento. Ele inclui uma combinação de terapia com medicamentos e tem demonstrado bons resultados. Como nem sempre é fácil identificar a diferença entre ansiedade e síndrome do pânico ou qualquer outro transtorno de ansiedade, é importante procurar a ajuda de um médico caso apresente alguns dos sintomas listados. Ele poderá avaliar o seu caso e indicar o melhor tratamento.

Outros transtornos de ansiedade além de síndrome do pânico

É importante saber que a síndrome do pânico é apenas um dos transtornos de ansiedade existentes. Segundo médicos e especialistas, fatores socioeconômicos como pobreza e desemprego, além de ambientais como o estilo de vida das grandes cidades têm contribuído para o aumento de casos de transtornos como:

Estresse pós-traumático – eventos traumáticos como um grande assalto, por exemplo, podem causar sintomas de estresse que se estendem por dias, meses e até anos. Entre os mais comuns estão a reexperiência traumática e a hiperexcitação ou hipoexcitação psíquica.

Fobia social – é uma ansiedade intensa e persistente diante de situações de desempenho em público ou de interação social. São pessoas que tremem, suam e ruborizam diante de qualquer exposição pública e que sofrem por antecedência quando sabem que terão que interagir com outras em um evento.

Transtorno de ansiedade generalizada – ansiedade persistente e excessiva com atividades ou eventos, mesmo os mais comuns, de rotina. A preocupação é desproporcional à circunstância real, é difícil de controlar e afeta a maneira como você se sente fisicamente.

Transtorno obsessivo-compulsivo – o paciente tem obsessões e compulsões repetidas. As compulsões são atos repetitivos que tentam aliviar a ansiedade causada pelas obsessões e podem se manifestar, por exemplo, como uma mania de lavar as mãos repetidamente ou de checar se as portas estão fechadas exaustivamente.

Agorafobia – transtorno de ansiedade em que a pessoa teme e muitas vezes evita lugares ou situações que podem fazer com que ela entre em pânico.

 

domingo, 6 de dezembro de 2020

Resoluções para ter uma ótima saúde mental, segundo psicóloga

 

"Começar por tentar desenvolver empatia sobre as suas próprias emoções, apreciando e aceitando os bons e os maus momentos, na certeza que quer uns, quer outros são efémeros", é apenas uma das dicas da psicóloga Daniela Nogueira, especializada em psicoterapia e tem como principais áreas de intervenção com adultos: o luto, a infertilidade, a depressão e a ansiedade, que partilhou um artigo de opinião com o Lifestyle ao Minuto

Se está à espera de encontrar neste artigo uma lista de resoluções infalíveis para o novo ano para se tornar mais feliz, desengane-se. Desconfie sempre de artigos de resolução de novo ano... se passa 365/6 dias sem prestar muita atenção à sua saúde mental, porquê mudar agora, na transição de ano e até de década?

Bem sabemos que estas alturas de transição convidam à reflexão e aos balanços, quer pelo confronto do que ficou pendente do ano anterior, do que não concretizamos, quer para alimentar uma esperança renovada que desta vez será diferente, até porque munidos das passas e de todos os rituais, ficamos ilusória e temporariamente mais fortes.

Sejamos honestos...a esta altura do ano, metade da lista que preparou apressadamente no dia 31 de dezembro já está muito provavelmente em incumprimento, sublinhando a sua perceção de falhanço e fazendo-o sentir-se, invariavelmente, ora culpada/o ora desesperançada/o. Neste cenário, não será de estranhar que já tenha inclusivamente desistido e adiado, para o próximo ano, o rol das resoluções. Respire fundo...

O melhor que pode fazer para encurtar o caminho entre as intenções e a efetiva mudança comportamental, isto é, conseguir pôr em prática todas as suas resoluções é o estabelecimento de um plano simples com objetivos claros do que pretende alcançar. E isso será atingível quando parar para refletir um pouco sobre o que realmente quer para si, não para o novo ano, mas para o momento presente, para hoje, para este instante. E como poderei fazer isso? Estará neste momento a questionar-se...

E que tal começar por descomplicar complicando. Por um lado, quanto mais pressão coloca sobre si mesmo, maior a sensação de perceção de que está a falhar, pois dificilmente consegue responder a todas as frentes, ser eximia/o em todas as atividades em que se envolve. Por outro lado, há muitas coisas que tem de continuar a fazer e a dar o seu melhor. Então fica muitas vezes preso e imobilizado neste discurso, acabando por não mudar, por não concretizar.

Uma estratégia muito útil para começar a sair desse impasse poderá ser começar por tentar desenvolver empatia sobre as suas próprias emoções, apreciando e aceitando os bons e os maus momentos, na certeza que quer uns, quer outros são efémeros. Por vezes, acreditamos que somos vítimas das nossas próprias emoções. Ficamos surpreendidos com as nossas reações emocionais, sejam elas positivas fazendo-nos sentir bem, sejam elas mais negativas fazendo-nos sentir mal, aparentemente sem razão lógica. Se conseguirmos estar atentos aos acontecimentos emocionais, aprendendo a estar com esses estados e a descortinar o que eles nos pretendem transmitir, conseguiremos começar a distinguir quando as emoções são saudáveis e adaptativas que nos orientam para uma vida saudável e adaptativa, e quando as emoções são desadaptativas e provocam alguma disfuncionalidade.

Este processo é extraordinariamente complexo, e à semelhança de muitas outras competências, estas também podem e devem ser aprendidas. Algumas emoções precisam apenas de ser verbalizadas em voz alta, outras precisam ser controladas e amparadas, outras necessitam de ser refletidas e outras ainda necessitam apenas de ser permitidas para nos orientarem na nossa capacidade de decisão e consequente ação.

Isto permitirá melhorar as suas competências de autorregulação emocional e competências de autoapaziguamento, tornando a sua vida emocional mais tranquila e pacificada e, o mais importante, alinhada com os seus sonhos e objetivos de vida.

Porém, se não conseguir fazer isto sozinha/o, se o balanço entre os momentos positivos e negativos estiver desequilibrado, talvez esteja na altura de procurar ajuda profissional para se sentir melhor. Cuide de si e da sua saúde mental, um psicólogo/a pode ajudá-lo/a criando um ambiente facilitador que propicia através do estabelecimento de uma relação terapêutica de qualidade a promoção de um espaço onde os indivíduos possam identificar os seus próprios objetivos e como desejam concretizá-los, promovendo assim a auto-atualização que Rogers nos falava. Não tem que o fazer sozinho, por vezes, apenas expressar o que pretende realizar e como o vai fazer, com alguém que o escute verdadeiramente, criará a energia necessária para facilitar a mudança.

Exemplo irrealista de resoluções:

- Emagrecer

- Deixar de fumar

- Mudar de emprego

- Meditar

- Viajar mais

- Ser feliz...

Exemplo realista e mais objetivo:

- Vou perder x kg para me tornar mais saudável, para isso vou:

1) Aumentar a atividade física: Tornar-me criativamente mais ativo, incorporando movimento nas minhas rotinas diárias, como por exemplo, passear o cão, ir a pé ao supermercado, estacionar o carro mais longe do emprego (ou ir a pé), etc. Realizar exercícios aeróbicos 3 a 4 vezes por semana (como caminhada rápida, ciclismo, natação, etc.) ou exercícios de recreação como alguma modalidade de desporto coletivo ou individual. Limitar o tempo de sedentarismo ao mínimo possível.

2) Adotar uma alimentação saudável: diminuir o consumo de produtos processados, optando pelos produtos frescos e da época. Manter uma alimentação equilibrada respeitando a roda dos alimentos; organizar as minhas refeições semanais e a lista de compras do supermercado; evitar comprar alimentos não saudáveis e deixar as pequenas tentações apenas para os dias de festa, idas ao restaurante ou a casa de amigos.

Um exercício prático para o ajudar a conhecer as suas próprias emoções, aumentando a consciencialização emocional, poderá ser com a escrita de um diário emocional. Escrever várias vezes ao dia um diário sobre as emoções experienciadas e respondendo às seguintes questões:

1) Qual o nome que dá à emoção? Procure diversificar o léxico emocional, evitando a atribuição repetida dos mesmos termos vagos e pouco precisos.

2) Foi um estado emocional repentino ou corresponde a um sentimento mais duradouro e estável? Especifique a duração.

3) Teve sensações corporais durante o episódio emocional? Corpo, maxilar ou punho tenso; sensação de calor ou suores; frio ou arrepios; batimento cardíaco acelerado? Outras sensações?

4) Surgiram alguns pensamentos associados ao episódio emocional? Quais? Relacionados com o passado, futuro ou presente?

5) O que fez ou lhe apeteceu fazer ou expressar? Aproximou-se ou afastou-se? Reagiu agressivamente? Fez alguma expressão facial?

6) O que desencadeou essa emoção ou estado de humor? Descreva com detalhe a situação. Foi um acontecimento interno?

7) Que informações a emoção está a enviar? Está a dizer-lhe algo sobre si mesmo/sobre um relacionamento? Está a transmitir-lhe o seu progresso num objetivo?

Reflita agora na sua resposta emocional em relação à situação e tente dar-lhe um sentido ao episódio emocional. Tente identificar a mensagem subjacente para o ajudar a decidir o que pretende fazer: Deve seguir o sentimento? Deve aprofundá-lo e tentar descobrir se existem outros sentimentos por trás?

Fonte: NM



20 regras de ouro para formar mentes brilhantes na 'Era da Ansiedade'

 

20 Regras de Ouro para Educar Filhos e Alunos' é um guia prático que resume a vasta experiência de Augusto Cury – psiquiatra, psicoterapeuta, cientista e escritor de renome internacional, que se dedica há várias décadas ao estudo da educação –, e aborda muitos dos principais problemas da atualidade, oferecendo soluções concretas para os resolver

As crianças e os jovens vivem atualmente em constante pressão por parte dos pais, dos professores e até pela sociedade no geral. Na era da informação rápida, os mais novos estão habituados a ter tudo à distância de um clique, no imediato – já não sabem esperar, aborrecem-se facilmente. As notícias constantes sobre a crise ambiental, guerras e terrorismo, aumentam os seus níveis de ansiedade.

Os próprios pais andam cansados e stressados, algo que se reflete nos filhos: estamos a criar jovens ansiosos, deprimidos, stressados e hiperativos. "Nunca os pais estiveram tão ansiosos e os filhos tão inquietos. Jamais os professores andaram tão fatigados e os alunos tão agitados".

'20 Regras de Ouro para Educar Filhos e Alunos' é um guia prático que resume a vasta experiência de Augusto Cury – psiquiatra, psicoterapeuta, cientista e escritor de renome internacional, que se dedica há várias décadas ao estudo da educação –, e aborda muitos dos principais problemas da atualidade, oferecendo soluções concretas para os resolver. Para o respeitado psiquiatra, ensinar os mais novos a gerir as suas emoções é uma das principais ferramentas que lhes podemos dar para o futuro. No livro que chega hoje às livrarias, explica quais são as regras de ouro para o conseguir.

Em '20 Regras de Ouro para Educar Filhos e Alunos', o autor aponta vários erros à educação tradicional e à forma como a sociedade quer que eduquemos as crianças, apresentando alternativas baseadas nos seus anos de pesquisa e dicas úteis para as implementar. Para sobreviver à chamada 'Era da Ansiedade', Augusto Cury acredita ser necessária uma cultura para o desenvolvimento da inteligência emocional, da saúde psicossocial e da construção de relações saudáveis, na tentativa de construção de uma sociedade emocionalmente equilibrada.

"Não mudamos ninguém, mas podemos usar ferramentas de ouro para que os outros se reciclem, reescrevam a sua história e dirijam o seu próprio argumento".

Fonte: NM



Síndrome do pânico poderá ser a doença do ano por causa do coronavírus

 

O filósofo e psicanalista Fabiano de Abreu dá dicas de como superar a tristeza

Segundo o filósofo, psicanalista e especialista em estudos da mente humana Fabiano de Abreu, viver momentos e situações em que o pânico se torna uma realidade, pode trazer consequências, por vezes graves, à saúde dos indivíduos.

"O pânico cria realidades alternativas que dificultam a racionalidade e embora não estejamos, por enquanto, a viver uma situação de pânico generalizada essa situação pode vir a acontecer. Tal cenário pode resultar em efeitos adversos tanto num modo global como de um modo muito pessoal", alerta Fabiano.

O filósofo esclarece que a conjuntura atual favorece o aparecimento de síndromes relacionadas com o pânico e que o isolamento pode ser a ignição desses transtornos.

Vejamos: “Por essa razão a síndrome do pânico será uma doença que irá afetar muitas pessoas dada a realidade atual. A ideia de isolamento causa transtorno e mais ainda se nos depararmos com a incerteza de quando terminará. A liberdade global que vinha a ser construída choca com esta nova vivência. As plataformas de redes sociais, lançam alertas a todo o momento, saturam de informações que aos poucos nos começam a angustiar, a colocar em nós próprios um mal-estar permanente, uma tristeza instalada. E, se a isso, juntarmos outras condições que já possamos ser portadores como é o caso das pessoas hipocondríacas, todo o panorama geral piora. Conseguimos imaginar o que será o mundo neste momento para quem sofre deste tipo de síndromes. Nestes casos o pânico pode chegar a extremos, ultrapassando a barreira, o limite e tal pode resultar até mesmo em tragédias". 

A forma como cada um responderá perante esta situação está relacionada com a personalidade e percurso de vida como nos explica Fabiano: “Cada um tem o comportamento reflexivo de acordo com a sua personalidade resultado da sua história de vida, experiências e nuances psicológicas. Há quem em pânico opte por roubar, outros tentem atingir o próximo de alguma maneira e uns até podem tentar acabar com a sua própria vida. A cultura do indivíduo implica nas suas consequências e a cultura vem de uma união de fatores na sua vida. Em Espanha ocorreram casos de pessoas a pedir para serem presas. Existirão pessoas que quando confrontadas com algo alarmante o seu nível de fobia e pânico é tal que chegam mesmo a experienciar sintomas físicos de doenças. Pessoas que tendem a ficar com náuseas mesmo sem chegar ao vómito, que sentem dormência nos membros, dificuldade de locomoção, formigueiro, entre outras. Convém relembrar que mesmo que os sintomas não estejam relacionados com uma doença mais séria e concreta eles estão de facto a acontecer naquele indivíduo. É o pânico a tomar conta dele, a ganhar terreno à racionalidade. Já estou a receber inúmeros casos de pessoas que chegaram a desmaiar nesta semana". 

Outro importante aspecto a referir é a consequência que o pânico tem a nível mental e como se pode traduzir numa doença mais grave e o psicanalista explica o processo: “O pânico também pode ocasionar problemas mentais como acionar uma doença pré existente que precisava de um um pico no sistema nervoso para aparecer. Também pode ocasionar problemas cardíacos e traumas psicológicos que irão afetar a vida da pessoa. Uma coisa é certa, o pico de pânico resultará em uma mudança do indivíduo, seja leve ou mais forte e não há ninguém que não possa alterar algo na própria vida devido a essa experiência. Somos o resultado dos impactos da história da humanidade como guerras e surtos de doenças. Este impacto fica impresso no nosso código genético e é passado de geração em geração. Nada, absolutamente nada, que acontece em nossas vidas passa despercebidos para nossa vida presente ou de futuras gerações". 

Apesar dos tempos difíceis e de incerteza que se vivem, ceder-lhes não deve nunca ser uma opção. Devemos antes nos adaptar à nova realidade e tirar o maior partido possível dela. Fabiano aconselha: "Partindo desta conjunção, há pequenas coisas que podemos começar a fazer para que a rotina diária se torne mais leve e proveitosa. Primeiramente, para controlar o pânico, devemos buscar informações de maneira consciente, avaliar possibilidades, utilizar de nossa inteligência emocional para que com o uso da razão e racionalidade, possamos avaliar o conteúdo da informação e buscar sempre o lado positivo mesmo em uma tragédia. Por exemplo, o coronavírus é perigoso? Sim, mas mata menos que muitas outras doenças e se nos mantivermos imunes sobreviveremos. O mundo não vai acabar. No trabalho, a crise preocupa? Faça uma gestão de crise e utilize-a ao seu favor. Busque o ponto de equilíbrio para meditar sobre o que terá que ser feito e como buscar soluções para que seja menos afetado por esses males. Crie outras estratégias, use o tempo livre para fazer um balanço da sua vida profissional e faça os ajustes necessários. Procure novas opções de negócios e esteja atento às medidas e leis que o país vai emitindo. Isso dar-lhe-á a sensação (e está de facto) que a sua vida laboral não está parada e está a lutar por ela. Use o tempo para reforçar laços familiares, conversem sem pressa, façam atividades juntos, discutam em conjunto planos do que fazer quando tudo terminar. Aproveite este tempo para se desligar um pouco do virtual e viva o real com a sua família. Procure lugares em que se possa conectar com a natureza, o jardim da sua casa, um pequeno parque. Estar em contacto com a natureza é calmante e relaxante e enche-nos de esperança. A maioria das pessoas não têm tempo no seu dia-a-dia para aproveitar momentos assim". 

A atitude positiva em relação às adversidades é sempre a melhor opção e confere mais força na luta! Fazer com que cada dia conte e tenha significado.

“Vamos encarar estas circunstâncias como dias de fazer um reset e colocar tudo no lugar mas sem ceder à preguiça. Devemos manter-nos ativos para que a rotina a que estávamos habituados não desapareça totalmente. Lembre-se que para tudo na vida há um jeito, só não há para a morte. Nós, humanos, passamos por crises e pandemias ao longo da história e sobrevivemos. Dessa vez não será diferente. Somos altamente resistentes e adaptativos. Tantos superaram a primeira e segunda guerras mundiais, tantos passaram pela lepra, tuberculose, peste bubónica... a vida sempre se reiventa e se revona. Pois assim será, resistência, resiliência e sobrevivência!", remata o especialista em estudos da mente humana Fabiano de Abreu

Fonte: NM



sábado, 7 de março de 2015

Salve dia 8 de Março de 2015...Dia Internacional da Mulher


O Homem e A Mulher
O homem é a mais elevada das criaturas;
A mulher é o mais sublime dos ideais.
O homem é o cérebro;
A mulher é o coração.
O cérebro fabrica a luz;
O coração, o AMOR.
A luz fecunda, o amor ressuscita.
O homem é forte pela razão;
A mulher é invencível pelas lágrimas.
A razão convence, as lágrimas comovem.
O homem é capaz de todos os heroísmos;
A mulher, de todos os martírios.
O heroísmo enobrece, o martírio sublima.
O homem é um código;
A mulher é um evangelho.
O código corrige; o evangelho aperfeiçoa.
O homem é um templo; a mulher é o sacrário.
Ante o templo nos descobrimos;
Ante o sacrário nos ajoelhamos.
O homem pensa; a mulher sonha.
Pensar é ter , no crânio, uma larva;
Sonhar é ter , na fronte, uma auréola.
O homem é um oceano; a mulher é um lago.
O oceano tem a pérola que adorna;
O lago, a poesia que deslumbra.
O homem é a águia que voa;
A mulher é o rouxinol que canta.
Voar é dominar o espaço;
Cantar é conquistar a alma.
Enfim, o homem está colocado onde termina a terra;
A mulher, onde começa o céu.

Pensador: Vitor Hugo
Parabéns a todas as mulheres!...

terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Gratidão